Será real?

Ainda não consigo acreditar. É daquelas coisas que achamos que nunca iremos viver, mas acaba sempre por acontecer o contrario. É triste mas é a verdade. Nós limitamo-nos a olhar para o relogio, com raiva, por não podermos parar o tempo, ou simplesmente voltar atras. Mas não podemos. Conheci-te já vai fazer quase dois anos. Foi um curto periodo mas tão intenso. és daquelas pessoas dificeis de esquecer. Fizeste-me ver a piada e o gosto que dá em não ser uma pessoa normal, e os risos e a boa disposição que se criam quando passamos aquelas figurinhas. Podia escrever uma colecção imença de livros só com as memórias que tenho de ti. Mas não iria ajudar nada. Já sei que és contra a coisas lamechas, a despedidas e à tristeza. Talvez tenhas razão. Mas ser lamechas uma vez, não implica chorar para o resto da vida... Mas não me preocupo, porque nunca hás de ler isto. Não quero que sintas dor. Ainda mais do que a que já sentes. Não me quero imaginar no teu lugar. Não tenho forças nem coragem. Admiro-te por seres assim tao forte e encarares a vida sempre com um sorriso estampado na cara. Ás vezes invejo-te. A tua felicidade, o teu orgulho, o teu sorriso, os teus modos, a tua postura, a tua maneira de encarar o amanha, é inacansavel. Fazes que nós, mortais nos sintamos miseraveis e vazios. Obriagada por tudo. Pelo carinho, pelos abraços, pelas maluquices, pelo parkour, pelo gozo, pela diversão, pelas historias, pelos arrotos, por tudo. Obrigada pela amizade. Ficarei eternamente agradecida. Eu há muito percorria um caminho distante. Tu estavas na paragem mais proxima. Quando cheguei, olhaste para mim, deste-me a mão e seguiste caminho comigo. Juramos que seria para sempre. Mas algo mudou. Tiveste de parar. Mas com receio adiaste sempre a paragem até ao dia em que já não haviam mais. Largaste a minha mão e seguiste caminho sozinha. Agora resta-me desejar-te Boa Viagem. Adeus Jéssica.