Foi na aula de matemática. Estava na minha cadeira, calada, a fazer desenhos. Pareceu-me ouvir alguém chamar pelo meu nome “Bia!”. Tinha o mp3 na mão e perguntou-me “Bora ouvir as gravações do 6º ano?”. Acenei com a cabeça expressando um sorriso. Ouvi. Ri-me (demasiado até).
Relembrei pessoas esquecidas e episódios de vida que me deixaram saudades. Saudades sufocantes.Esqueço-me que em tempos, aquelas pessoas foram o centro da minha vida. Para quem euu vivia. Com quem eu vivia. Com quem eu troquei experiencias que não mais voltarei a trocar.Os risos, as zangas, os mimos, os sonhos, os medos, tudo.Agora não passam de meros desconhecidos.Entretanto cresci. E se eles me vissem agora achariam o mesmo.As pessoas vêm e vão, e nada muda isso. Só nós. Mas não o fazemos, porque dá muito trabalho marcar um encontro ou mandar um SMS a dizer “olá!”.Mas a conversa não passaria de:
“Olá!
Olá! Tudo bem?
Sim e contigo?
Também. Que fazes?
Nada e tu?”
E a conversa acaba. HELLO! Foi contigo! Foi contigo que eu dei o meu primeiro beijo! Foste tu a minha primeira melhor amiga! Foi contigo que eu troquei as primeiras conversas sobre sexo! Foste tu que estiveste lá, quando aquele rapaz não queria saber de mim!
“Olá!
Olá! Tudo bem?
Sim e contigo?
Também. Que fazes?
Nada e tu?”
E a conversa acaba. HELLO! Foi contigo! Foi contigo que eu dei o meu primeiro beijo! Foste tu a minha primeira melhor amiga! Foi contigo que eu troquei as primeiras conversas sobre sexo! Foste tu que estiveste lá, quando aquele rapaz não queria saber de mim!
E eu esqueci-te. Tal como tu a mim.Os intervalos, as saídas, a confiança, as brincadeiras, os mimos resumem-se agora a conversas sem sentido na internet. Se me visses o que fazias?Cumprimentavas-me. Perguntavas como iria a minha vida. Voltavas-me a cumprimentar despedindo-te. E eu caía outra vez no esquecimento.Porque agora há alguém no meu lugar.nAlguém para abraçar, beijar, consular e ter conversas sobre sexo.Fui substituída tal como tu foste na minha vida. Sem querer. Agora não passas de um conhecido ou de um velho amigo. O único que temos em comum, são memórias. Que se apagarão com o passar dos anos. Talvez um dia, mais velha e casada, esteja a limpar a casa e encontre no sótão, um álbum com fotos tuas. E tudo volte.“Que será feito de ti?” Uma pergunta sem resposta.Foi um erro ter-te prometido “nunca me esquecerei de ti” – promessa não cumprida.Foste passado.Eu sou como a beira de uma praia. As pessoas passam deixando pegadas na areia. A onda vem e apaga as pegadas, deixando a areia lisa. As pessoas voltam a passar e mais pegadas surgem na areia. E a onda volta a apaga-las. É um ciclo vicioso. Há aquelas que ficam marcadas para sempre. Estão num cantinho onde a onda não chega, e não desaparecem. Existirão essas pessoas. Mas serão poucas. Porque é preciso dedicação e nos não estamos para isso.Mas hoje continuo de mãos dadas com os “amigos do presente”. E fazemos promessas.
Será que as cumpriremos?
Tu e eu, juntas para sempre?
Seremos para sempre os melhores amigos?
Andaremos juntas para sempre?
Saltarei para as tuas cavalitas para sempre?
Ouvirei o teu “amo-te bia” para sempre?
Sentirei o teu abraço para sempre?
Serás para sempre especial?
Será para sempre, este presente?
Será que as cumpriremos?
Tu e eu, juntas para sempre?
Seremos para sempre os melhores amigos?
Andaremos juntas para sempre?
Saltarei para as tuas cavalitas para sempre?
Ouvirei o teu “amo-te bia” para sempre?
Sentirei o teu abraço para sempre?
Serás para sempre especial?
Será para sempre, este presente?
Hoje prometo-vos, será para sempre. Mas não o garanto no amanha embora hoje o sinta.
Eu li.o na folha... +.+ num intervalo em k tava bue mal, mas d alguma maneira m animou
ResponderEliminartão realista. às vezes quando me deparo com esses farrapos de memóriapor meio de objectos pertencentes a estes passados tão próximos e longínquos também me questiono. Que raio de promessas fazemos? que raio de laços de afecto tão ténues criamos que se desvanecem com um simples andar de ponteiros... E a nostalgia ataca. Eu não queria ser assim. Ter uma vida repleta de 'fracassos'.
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