terça-feira, 14 de julho de 2009

Gosto-te :$

Nós começamos por ser independentes, separados e a liberdade sempre nos ganhou até um certo ponto. Mas mesmo assim gostávamos um do outro. Estávamos juntos, mas conseguíamos assegurar a nossa insólita independência, ter aquilo a que normalmente chamam de «vida própria». Pois, eu hoje já não sei o que isso é. Tu não és o centro da minha vida, mas estás lá perto. Foram as nossas acções precipitadas, quando agíamos sem pensar, que nos levaram até hoje. Foi muito intenso para tão pouco tempo. Foi tão rápido se contarmos os dias, mas tão lento e tão complexo se nos pusermos a recordar as encalhadas, as descobertas, os desejos e os arrependimentos. Foi fenomenal. E aquela magia que nos prendia aos únicos meios de comunicar quando não estávamos juntos, as saudades e as coisas que eu sempre achei foleiras (mas que tu no fundo sabias que eu adorava) desapareceu. As canções, as frases, os momentos únicos tornaram-se comuns, banais, rotineiros. É assim que as coisas perdem a magia. Passamos «tanto tempo» juntos que já nem sabemos o que é a saudade, porque nos habituamos (demais) à presença um do outro. Onde está aquela amizade forte? Onde estão as promessas de nunca nos separarmos, se sermos sempre “os tais”? É assim que me apercebo que nem a amizade mais forte, dura para sempre.


Se sou egoísta? Talvez. A minha mãe diz que é do signo.

2 comentários:

  1. Adorei este post +.+

    e o blog em si também :)

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  2. Tu não és o centro da minha vida, mas estás lá perto.

    eu sou tanto... pode ser quase formar órbita em torno de alguém mas bem no centro está o meu maior eu. Gosto tão mais de mim. Acho que é saudável:$

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